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01/03/12

TEMPOS DE GUERRA, TEMPOS DE LUTA PELA PAZ

Manuel Joaquim
(Pablo Picasso)


Maio de 1945, tempo já de vida de muitos de nós, de nossos pais e de tanta gente com quem ainda nos cruzamos no nosso dia a dia, foi  tempo de esperança, com o fim da 2ª Guerra Mundial e a derrota do nazismo, e de luta contra o fascismo ainda instalado e em defesa da PAZ. 

Porém, a situação política internacional permitiu a manutenção de regimes fascistas e o desenvolvimento de novas ameaças à Paz. Novas guerras eram iminentes e com armas nucleares que foram utilizadas pela primeira vez sobre o Japão.

Os povos de todo o mundo, de uma forma ou de outra, conheceram os dramas da destruição, da fome, da miséria, da doença, que são sempre as consequências das guerras para as pessoas simples e inocentes. Por isso, em 1949, organizações de todo o mundo, que defendiam e lutavam pela Paz, pela coexistência pacífica e pelo desarmamento nuclear, constituíram uma organização apartidária, a que se chamou Conselho Mundial da Paz, que chegou a ter organizações representativas de 104 países, com sede na Finlândia.

Em Portugal, nesse tempo, também foram criadas, em muitos locais, Comissões de Paz, com uma estrutura nacional a que se chamou Comissão Nacional para a Defesa da Paz. Estas Comissões de Paz participaram em muitas acções, designadamente na recolha de assinaturas para o Apelo de Estocolmo, que defendia o fim das armas nucleares, promovido pelo Conselho Mundial da Paz, que foi o maior abaixo-assinado realizado à escala mundial. 

Em 24 de Abril de 1976, foi finalmente legalizado, como associação, o Conselho Português para a Paz e Cooperação. Até ao 25 de Abril de 1974, defender a Paz, o desarmamento, o fim dos blocos político-militares, o fim do colonialismo, a solidariedade e cooperação entre os povos, tinha consequências, a mais certa era a prisão.
 
Se, quase sempre, temos vivido, mais perto ou mais longe, com guerras de agressão e de ocupação, como na Palestina, em Angola, em Timor-Leste, no Sahara Ocidental, no Líbano, na Jugoslávia, no Afeganistão, no Irão e Iraque, na Líbia, com o regime de apartheid na África do Sul, com o bloqueio a Cuba, hoje, estamos perante uma nova escalada de guerra que, a acontecer, terá consequências desastrosas para o mundo inteiro. A crise económica e financeira que está a apoquentar cada vez mais pessoas, comparada com o que poderá acontecer, será simplesmente insignificante.

 As movimentações militares que estão em curso no Médio Oriente com o objectivo claro de agredir a Síria e o Irão são terrivelmente assustadoras para a Humanidade.
Por isso, o Conselho Português para a Paz e Cooperação está a desenvolver a nível nacional uma campanha de sensibilização e de esclarecimento,  alertando  e mobilizando  o Povo Português contra a guerra. É uma iniciativa meritória que deve merecer a nossa atenção.

Aproveito a oportunidade para prestar uma simples homenagem, lembrando Igrejas Caeiro, membro da Presidência do Conselho Português para a Paz e Cooperação.

  

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