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02/11/17

O QUE VAI ACONTECER?

Manuel Joaquim



A comunicação social tem estado a massacrar-nos sobre os incêndios, sobre o orçamento, sobre a falta de água, sobre os afectos do Presidente da República e o esfriamento das suas relações com o Primeiro-ministro. Os comentadores de serviço alimentam todos estes assuntos na esperança de contribuírem para a queda do governo e para o regresso da direita. Falam e escrevem sobre o que se passa na Catalunha, numa perspectiva redutora da complexidade da situação, manifestando as grandes preocupações da classe dominante.

Escamoteiam o discurso que o presidente da EU fez em 13 de Setembro, no Parlamento Europeu, sobre o “Estado da União” e os comentários que tem efectuado, bem como os projectos políticos que a EU pretende desenvolver e das suas consequências.

Escamoteiam que a senhora que apresentou na Assembleia da República a moção de censura ao Governo, com vista à sua queda, foi a ministra da Agricultura do governo PSD/CDS, que foi a responsável pela legislação que escancarou a plantação de eucaliptos, extinguiu postos de sapadores florestais, reduzindo capacidades de vigilância e de protecção civil. Santa mulher que perdeu a vergonha pelo seu comportamento.

Limitam-se a dar notícia sobre a publicação de documentos sobre o assassínio de Kennedy, com a indicação de que Trump não permitiu a publicação de alguns para serem analisados pelos serviços secretos, reproduzindo comentários ressequidos sobre quem foi o assassino. São assuntos não muito convenientes pois, para já, pelos documentos agora publicados, sabe-se que a liquidação de Fidel Castro esteve a ser trabalhada. Mas também pelo que já se sabe, a execução de Kennedy foi decidida pelas mais altas instâncias do poder americano de então, com características de um verdadeiro golpe de estado. Aquilo que os EUA gostam de aplicar nos países que não seguem as suas orientações.

Estão nos nossos olhos o que aconteceu e acontece no Iraque e na Líbia, quando pretendiam deixar de negociar o petróleo em dólares. Tentativas muito recentes na Venezuela, pela mesma questão.

China, Rússia, Irão, Venezuela e outros passaram a negociar o petróleo em moedas que não o dólar. Se até agora tínhamos os petrodólares, vamos passar a ter petroyuans.

O que vai acontecer?

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